A exoneração de Paulo Henrique Costa, presidente do Banco de Brasília (BRB), gerou uma onda de reações na Câmara Legislativa do Distrito Federal, especialmente entre os opositores, que já protocolaram um pedido para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). No entanto, para que essa CPI seja instaurada, será necessário o apoio da base governista.
Após a decisão judicial que afastou Costa por 60 dias, o governador Ibaneis Rocha (MDB) optou pela exoneração definitiva, ressaltando que o ex-presidente precisa de tempo para se defender. O afastamento ocorreu em meio à Operação Compliance Zero da Polícia Federal, que provocou agitação política.
Atualmente, na Câmara Legislativa, duas CPIs estão em funcionamento, e a instalação de uma nova requer a concordância dos líderes. A proposta da oposição ainda precisa de 13 assinaturas para avançar, e até agora, apenas seis parlamentares a apoiaram.
O líder do governo, Hermeto (MDB), considera que é muito cedo para discutir a instalação de uma CPI e sugere que a movimentação da oposição tem um caráter eleitoral. Para que a CPI do BRB seja estabelecida, os líderes da Câmara precisam negociar e decidir sobre as outras CPIs em pauta.
A oposição argumenta que a situação é grave, especialmente após a tentativa de aquisição de 58% do capital do Banco Master, uma transação de aproximadamente R$ 2 bilhões, que foi vetada pelo Banco Central em setembro de 2025. Eles acreditam que a operação poderia levar à socialização de prejuízos privados com recursos públicos.
Em resposta à crise, o BRB declarou que a prisão do presidente não ocorreu, mas que o afastamento é uma medida temporária. A instituição reafirmou seu compromisso com a ética e a transparência em suas operações, garantindo que continua funcionando normalmente.


