O Festival da Consciência Negra 2025 alcançou a marca de 100 mil visitantes durante seus quatro dias de festividades. Reconhecido como um dos maiores eventos de cultura afro-brasileira da capital, o festival foi organizado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), em colaboração com o Instituto Janelas da Arte, e recebeu apoio da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF). O evento ofereceu uma programação intensa com atividades gratuitas, incluindo formações, apresentações musicais, cortejos, debates, vivências, moda, feira afro e atrações para todas as idades.
O titular da Secec-DF, Claudio Abrantes, comentou sobre o sucesso do festival, destacando a importância das políticas culturais afirmativas e o impacto que elas têm na vida das pessoas. “Este festival demonstra, na prática, que a cultura pode transformar vidas, quando chega às pessoas com qualidade, diversidade e respeito à ancestralidade. Ver famílias inteiras participando, artistas expressando suas histórias e pensadores debatendo os desafios do país é um sinal claro de que estamos no caminho certo”, afirmou.
A exposição Retratos atraiu um grande número de visitantes desde o início, enquanto o Espaço Kids se destacou com contação de histórias e oficinas de instrumentos de percussão, se tornando uma das atividades mais populares. A Feira Kitanda contou com empreendedores negros do DF e o espaço gastronômico Sabores do Quilombo acompanhou o público até o encerramento da programação.
Na Tenda Muntu, momentos significativos foram proporcionados, como a roda “Ofó Mulher – O poder da palavra feminina”, que contou com a participação de Cristiane Sobral, Nanda Fer Pimenta e Dandara Suburbana, mediadas por Andressa Marques. O painel “História da Consciência Negra e Desafios Contemporâneos”, com o professor Nelson Inocêncio, a professora Mariléa de Almeida e Carla Akotirene, foi um dos destaques do festival, marcado por uma emocionante homenagem à pioneira Dona Lydia Garcia.
O desfile Amarrações, do estilista Victor Hugo Soulivier, transformou a rampa do museu em uma passarela vibrante, apresentando uma coleção que celebra a ancestralidade e a identidade. O Palco Brasilidades trouxe artistas do Distrito Federal, com performances que refletiram a riqueza da música preta brasiliense.
Encerrando a programação, Carlinhos Brown e o Psirico animaram o público com suas apresentações, garantindo um clima festivo até o último momento do festival. O Festival da Consciência Negra 2025 reafirma seu compromisso com a valorização da cultura afro-brasileira e promete ampliar seu legado nas próximas edições.


