Em uma audiência pública realizada na Câmara dos Deputados, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, expressou críticas contundentes à proposta da chamada PEC da Segurança Pública. Segundo ele, a emenda constitucional apresentada pelo governo federal representa um “presente” para as facções criminosas, permitindo uma maior liberdade para suas ações no Brasil. Caiado participou do debate ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, onde o tema central foi a autonomia dos estados no combate ao crime.
O governador goiano destacou que a proposta do governo federal visa retirar a autonomia dos estados em relação às diretrizes de segurança pública, o que, segundo ele, incomoda a administração federal. “O que o PT fez foi encaminhar uma emenda que tira dos governadores o controle sobre as diretrizes gerais”, criticou Caiado. Em sua fala, ele enfatizou que a administração atual não busca promover a integração entre as forças policiais e os investimentos necessários em segurança pública, mas sim limitar a atuação dos governadores.
Caiado também sugeriu que há uma complacência da gestão do PT com as facções criminosas, afirmando que isso facilita a expansão de suas atividades. Ele citou dados alarmantes sobre a ocupação territorial dessas facções na região amazônica, que aumentou de 178 para 344 municípios entre 2023 e 2025, segundo um levantamento recente.
O governador pediu apoio ao Congresso para garantir que a PEC respeite os direitos constitucionais dos governadores e criticou a falta de critérios na distribuição de recursos federais aos estados, especialmente para aqueles com administrações que não são alinhadas ao governo federal. Caiado mencionou que, apesar de ter recebido apenas R$ 1 milhão para penitenciárias, ele investiu R$ 340 milhões na construção dessas instituições em Goiás, reforçando a necessidade de mais suporte da União.
Durante a audiência, Tarcísio de Freitas também expressou suas preocupações quanto à PEC e elogiou as iniciativas de Caiado em Goiás, ressaltando a importância da segurança pública como prioridade para os estados governados por lideranças da direita.


