O Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB) está promovendo, entre os dias 17 e 19 de novembro, a “Semana da Consciência Negra”, com uma agenda repleta de atividades que visam a promoção de uma saúde livre de racismo. Com o tema “Raízes que Curam”, as atividades são gratuitas e abertas ao público, bastando realizar a inscrição pelo link: https://tinyurl.com/3s6h75rb.
Janayna Bispo, chefe da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do HUB e coordenadora do evento, explica que a ideia é criar um ambiente de escuta, reconhecimento e transformação, que valorize a presença negra no hospital, além de promover reflexões sobre o racismo estrutural e institucional. O objetivo é discutir formas de educação e práticas em saúde que sejam mais inclusivas e antirracistas.
“O Novembro Negro representa um momento para reafirmar nossa história e ancestralidade, além da luta pela equidade racial. Como mulher preta e gestora, vejo essa data como uma oportunidade de reconhecer as trajetórias negras que, apesar das dificuldades, continuam a sustentar o SUS e outros espaços de cuidado e resistência. É uma chance de reflexão coletiva sobre os impactos do racismo e de celebração das contribuições da população negra em diversas áreas da sociedade”, destaca Janayna.
A programação começa no dia 17, às 12h, com uma sessão do filme “Estrelas Além do Tempo”, no Auditório I. No dia seguinte, as atividades incluem palestras sobre saúde mental da mulher negra e letramento racial, além de rodas de conversas sobre racismo estrutural e políticas públicas.
No último dia, a programação terá início às 14h com a estreia do minidocumentário “Entre saberes e vivências negras no HUB”, que traz relatos de colaboradores negros, seguido da roda de conversa “Nossas Potências: Experiências e Inspirações Negras no HUB” e da palestra “Personalidades negras da área da saúde”, que contará com a participação do ex-BBB e enfermeiro do HUB, César Black.
Janayna enfatiza que o objetivo é sensibilizar profissionais, estudantes e gestores para que o compromisso com a equidade racial se torne uma diretriz contínua dentro do SUS. “Precisamos observar as desigualdades que impactam o cuidado e as relações de trabalho na saúde. Este é um momento para estimular discussões e práticas que desnaturalizem o racismo. No contexto do hospital, estamos fortalecendo uma cultura antirracista, comprometida com um cuidado integral e equitativo. Enfrentar o racismo na saúde começa com o reconhecimento de sua existência e o compromisso de transformação”, conclui.


