A volta de Gim Argello ao Avante no Distrito Federal reacende um estilo político que muitos acreditavam ter sido superado. Com os direitos políticos restaurados e um discurso de ‘nova fase’, o ex-senador busca novamente o centro das atenções, mirando a eleição de 2026, com José Roberto Arruda como seu principal candidato. Porém, se esse plano não se concretizar, Gim já tem uma alternativa em mente.
Nos bastidores, as táticas permanecem inalteradas. Gim rapidamente adotou seu método característico de atuação, que inclui a compra de espaços na mídia, pressão sobre veículos independentes e ataques a críticos. O objetivo parece claro: criar um ambiente favorável a Arruda, protegê-lo de desgastes e silenciar vozes discordantes. Profissionais da imprensa relatam campanhas de descredibilização e intimidações, uma repetição de um roteiro já conhecido e rejeitado anteriormente em Brasília.
Entretanto, a realidade do DF evoluiu. A mídia independente não deve favores e não se submete a acordos, resistindo a tentativas de manipulação por parte de figuras que desejam ressuscitar práticas antiquadas. Aqueles que construíram sua audiência com trabalho consistente não se intimidam diante de pressões.
O foco da estratégia de Gim é claro: reposicionar Arruda como uma figura central nas eleições de 2026. Ele tenta reatar velhas alianças, proteger seu aliado de críticas e forjar uma narrativa de retorno inevitável. No entanto, se Arruda não se solidificar como candidato viável, Gim já tem um plano B em mente, envolvendo uma possível candidatura de Belmonte.
O cenário político atual é muito diferente do que era há uma década. O eleitorado está mais atento, os jornalistas desfrutam de maior liberdade e os meios digitais se tornaram mais robustos. A tentativa de impor uma candidatura, utilizando métodos que a sociedade já rejeitou, revela muito sobre o que está sendo arquitetado para 2026.


