A Policlínica Estadual da Região Nordeste II – Posse, gerida pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (IMED), realizou uma campanha de conscientização sobre a Doença de Alzheimer, um transtorno neurodegenerativo progressivo que afeta a memória, as funções cognitivas e o comportamento. A ação teve como objetivo informar a população sobre os principais sinais e sintomas da doença, que impactam significativamente a vida dos pacientes e de seus familiares.
A Doença de Alzheimer se manifesta através da deterioração cognitiva e da memória, prejudicando progressivamente a realização de atividades diárias. Segundo o fisioterapeuta Kalyson Moreira da Silva, da Policlínica de Posse, os primeiros indícios incluem o esquecimento de eventos recentes, a repetição de perguntas, dificuldades em acompanhar conversas e a desorientação, além de irritabilidade e alterações de comportamento. “O problema surge quando o processamento de determinadas proteínas no sistema nervoso central falha, comprometendo a função dos neurônios e levando à morte celular”, explica.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 55 milhões de pessoas no mundo apresentam algum tipo de demência, e esse número pode atingir 150 milhões até 2050. No Brasil, dados do Ministério da Saúde indicam que cerca de 8,5% da população com 60 anos ou mais vive com a doença, totalizando aproximadamente 1,8 milhão de casos.
O diagnóstico precoce e o acompanhamento multidisciplinar são essenciais para retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida. “Embora não haja cura para o Alzheimer, é possível proporcionar bem-estar e autonomia ao paciente por meio de intervenções que estimulem corpo e mente. A fisioterapia, por exemplo, desempenha um papel crucial na manutenção da mobilidade, equilíbrio e na prevenção de quedas, contribuindo para a independência funcional do idoso”, esclarece o especialista.
A Policlínica reforça a importância de buscar orientação médica, seja com um geriatra ou neurologista, ao notar os primeiros sintomas. Estes profissionais são responsáveis por realizar exames clínicos e testes cognitivos que ajudam a confirmar o diagnóstico e possibilitam o início precoce do tratamento, quando necessário. O acompanhamento regular favorece o controle dos sintomas, o suporte emocional para familiares e o planejamento adequado das intervenções terapêuticas.


